olá Foxtrot!!! Como vai essa vida ? passando a mão em você também?
por aqui resta um troco, um resto de osso, raspas que me interessam demais, pois é por amor que me interesso, e também pelos copos d'água servidos ao lado da cama, como de costume. O cheiro que fica para sempre colado nos restos do ontem, amanhecido e duro como um pão velho de padaria.
O foxtrot por aqui baila mais agitado do que nunca, balança seus pezinhos ágeis e fáceis de seguir, pelo brilhantismo da experiência, pelo fascínio do desconhecido, por tudo o que ainda não foi visto na longa estrada. um caminho a ser descoberto é uma janela aberta para o infinito, e deixo, Foxtrot, que o vento bata bem forte no rosto, a tal ponto que mal consigo abrir meus olhos. ofusca, dói, machuca, mas é tudo o o que a viagem me reserva até chegar no meu ponto original de saída. sabe, Foxy, às vezes me pego bêbada de tantos ontens, e o amanhã me causa muita ansiedade. mas não se apoquentes com meus aborrecimentos, são apenas alavancas de sobriedade, algo para me fazer escutar mais o universo da cidade.
conheci uma garota outro dia, muito interessante. ela tem uma síndrome ainda mais incomum chamada síndome do coração partido. acredite! é a mais pura verdade, mesmo que pareça um destino cruel e insólito para os ignorantes. diz-se ser recorrente em pessoas que amam acima do céu. o doutor explicou para ter cuidado pois pode gerar alguma anomalia inaparente, mas perigosa para a saúde do corpo, um tipo de deformidade nos sentimentos de amor e ódio, mas tampouco sei detalhes, então pode não passar de mera especulação. não é deveras inusitado? eu visto a fantasia! e digo, Fox, não pode ser mentira.
não demore em se corresponder comigo novamente. ando tão distraída de mim que às vezes preciso que alguém conhecido me lembre para onde vou. é a tal viagem, ou ponto de saída que te falei na última vez que em nos vimos.foi um breve encontro, mas de inequecível duração aqui dentro do .
Foxtrot, espero teu versinho com um espaço todo teu em mim.
Amor,
Katrina
quem estou?
- ...
- sobre os delírios me deito.....a cama desalinhada me enruga... acordo em seguida.... num pulo percebo que delirar é estar sóbria e ser sóbria é estar atenta aos canais pro delirio do amor que tem no mundo
terça-feira, 7 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
no véu das olheiras
Quando a miséria do mundo fala sozinha
olha-me os olhos como se fosse comigo
como se eu fosse o motivo
Devo estar alterada pela miséria do mundo
Devo estar contaminada
como se fosse comigo
Revelações praguejadas
pregando pra nada
ninguém vendo a prece
a prece dita em vão
pregos furando a fé
passos contados a pé
delírio e fé
Murros dados
facas pontudas
Facas suspensas do céu
ruas abrindo
nos pés
Roupas questionando
a rotina de nós
Nós dados sem soluções
palavras pregando por si
Habitando
espaço de nada significar
para não existir.
A miséria do mundo me beija nos olhos
como se fosse vento
secando meu choro
e serena
a virar
lentamente minhas páginas
Vagas de solidão a venda
vagas a bagatelas
Aluga-se para não estar
Pessoas e suas heranças
passos iguais
sem mudança
o mal a invadir os olhos
A miséria da alma
vem do quarto vizinho
que está quase completamente habitado
Mas a vizinhança é o lado de fora
as olheiras dos outros
não são nossas noites sem sono
Os nós são o lado de dentro
As prisões são celas abertas
com vagas de solidão amostra
E a miséria do mundo é a semente da solidão.
olha-me os olhos como se fosse comigo
como se eu fosse o motivo
Devo estar alterada pela miséria do mundo
Devo estar contaminada
como se fosse comigo
Revelações praguejadas
pregando pra nada
ninguém vendo a prece
a prece dita em vão
pregos furando a fé
passos contados a pé
delírio e fé
Murros dados
facas pontudas
Facas suspensas do céu
ruas abrindo
nos pés
Roupas questionando
a rotina de nós
Nós dados sem soluções
palavras pregando por si
Habitando
espaço de nada significar
para não existir.
A miséria do mundo me beija nos olhos
como se fosse vento
secando meu choro
e serena
a virar
lentamente minhas páginas
Vagas de solidão a venda
vagas a bagatelas
Aluga-se para não estar
Pessoas e suas heranças
passos iguais
sem mudança
o mal a invadir os olhos
A miséria da alma
vem do quarto vizinho
que está quase completamente habitado
Mas a vizinhança é o lado de fora
as olheiras dos outros
não são nossas noites sem sono
Os nós são o lado de dentro
As prisões são celas abertas
com vagas de solidão amostra
E a miséria do mundo é a semente da solidão.
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