quem estou?

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sobre os delírios me deito.....a cama desalinhada me enruga... acordo em seguida.... num pulo percebo que delirar é estar sóbria e ser sóbria é estar atenta aos canais pro delirio do amor que tem no mundo

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não há nada de errado com o verão, só o outono que parece apressado

há somente um enfeite nos olhos...o olhar

há somente um enfeite nos olhos...o olhar

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sirvo servir

Pra que serve um Poeta quando a tristeza  atrofia ?
(pergunta uma joaninha à arvore no outono)
Serve como sua única opção de travessia
o Poeta caminha nas dores da tristeza assim como você e suas bolinhas vermelhas
 caminham nesse tronco, eu,
 desidratado nu e ainda assim belo
Pois enquanto  Árvore sei que sofro estações
e sorrio primaveras desde que nasci

Pra que serve um poeta apaixonado
se sua solidão lhe solicita o tempo inteiro?

Pra que serve procurar soluções-paredes pro eco
a palavra tem a opção da ressonância
os cômodos são surdos
por isso repetem o som
os poetas não

as camas arrumadas não têm poesia
uma cama alinhavada por dois
 sim

O banho dum poeta serve pra conversar memórias
a poesia é o futuro da memória
é necessário água

uma intenção poética
tem mais medo que a ação poética

Pra que serve a tristeza quando o poeta chora?
(perguntou a Árvore à Joaninha)
Serve pra lubrificar o olhar
pois só é possível refrescar a tristeza
se o olhar estiver molhado

Pra que serve o Fim ?
(perguntou o Início)
Pra gente se encontrar em algum momento que os dois não estejam indo pra lugar algum.




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pornosonoridade

Ovos sábios
sabiás óbvios

Vê cantar o colorido da voz?

Voz sábia
Vós sabiá

Meridiano do silêncio
Cú sombrio
Só acender

Válvula do acesso
pulsando feito o tempo

Bocetas oráculos
flores exóticas
Bússola pólen

Bossas velhas
pétalas rock

Eixos entumescidos pelo verão das vísceras
Sóis sangrando raios férteis

Sois vós
 Vozes sóis


PassaDeus

A origem
 matéria do passado se encontra num vale de vôos e sobras
Voar ontens altos
agora horizonte
Auto-agora-oriundo

Oriente do abismo é o chão?

Caí tantos atos
que até as cortinas acabaram
Sobrou hoje
agora autista

O auto agora se exercita no trabalho de esquecer como NÃO era
é tão exagerado o abandono
envolve tanto fantasma

eternos tantos fantasmas
tanto faz... mas

tenho fantasmas debaixo das unhas
nas cerdas da escova de dentes
na tampa do creme hidratante

Não consigo vencer tantos
São vírus esporulados
hibernam no sangue do agora
são feios
são lindos
são ela
são eus
são anões
são muitos
são seus

tanto faz mas tantos ?
e tão chatos com suas fantasmagorias

Meus Fantasmas são DEUS
MUITOS