Todos os talentos dentro do gosto que tenho por todos os gostos que faço por todos os talentos que vejo fora de mim
Todos os dez egos que empurro no escuro e tonto cômodo da mente-mansão
Todos os desejos assim ilhados na vértice desesperada do querer
Todos os dez egos assimilados, assemelhados, cintilam na gula de ter
Assimilam pouco,
quase nada tem a mente que só quer
Gostar de ter não é nem parecido nem diferente
é pouco, é nada
De novo outono
Esse vento cheiroso torna os pensamentos mais livres
A mente-mansão, coitada, é cheia de móveis pesados, nem tem o que guardar que tanto importe, só espaços e vastos corredores de esperança e janelas inundadas de
belezas-ontem, anteontem, entre outros tantos vãos que agora não existem, são só lampejos, verões, que a alma sabe
Ontem é lugar que não se guarda em cômodas, senão não ventila, não respira
De novo a mente, malvada
faz tudo ser inverno,
cortinas sujas
sinas bambas
sinos bobos
sinais oblíquos
Faz tudo ser ontem
Ontem não é lugar de ter incômodo
senão não cintila, não suspira
Que elegante será o inverno
de toda a beleza que a memória seleciona a mais perene é a que ainda não existe.
quem estou?
- ...
- sobre os delírios me deito.....a cama desalinhada me enruga... acordo em seguida.... num pulo percebo que delirar é estar sóbria e ser sóbria é estar atenta aos canais pro delirio do amor que tem no mundo
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