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sobre os delírios me deito.....a cama desalinhada me enruga... acordo em seguida.... num pulo percebo que delirar é estar sóbria e ser sóbria é estar atenta aos canais pro delirio do amor que tem no mundo

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não há nada de errado com o verão, só o outono que parece apressado

há somente um enfeite nos olhos...o olhar

há somente um enfeite nos olhos...o olhar

terça-feira, 3 de abril de 2012

De todas as vozes que falam sem dizer muito

Todos os talentos dentro do gosto que tenho por todos os gostos que faço por todos os talentos que vejo fora de mim

Todos os dez egos que empurro no escuro e tonto cômodo da mente-mansão
Todos os desejos assim ilhados na vértice desesperada do querer
Todos os dez egos assimilados, assemelhados, cintilam na gula de ter

Assimilam pouco,
quase nada tem a mente que só quer
Gostar de ter não é nem parecido nem diferente
é pouco, é nada

De novo outono
Esse vento cheiroso torna os pensamentos mais livres
A mente-mansão, coitada, é cheia de móveis pesados, nem tem o que guardar que tanto importe, só espaços e vastos corredores de esperança e janelas inundadas de
belezas-ontem, anteontem, entre outros tantos vãos que agora não existem, são só lampejos, verões, que a alma sabe
Ontem é lugar que não se guarda em cômodas, senão não ventila, não respira

De novo a mente, malvada
faz tudo ser inverno,
cortinas sujas
sinas bambas
sinos bobos
sinais oblíquos
Faz tudo ser ontem

Ontem não é lugar de ter incômodo
senão não cintila, não suspira

Que elegante será o inverno
de toda a beleza que a memória seleciona a mais perene é a que ainda não existe.

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