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sobre os delírios me deito.....a cama desalinhada me enruga... acordo em seguida.... num pulo percebo que delirar é estar sóbria e ser sóbria é estar atenta aos canais pro delirio do amor que tem no mundo

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não há nada de errado com o verão, só o outono que parece apressado

há somente um enfeite nos olhos...o olhar

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Arrenegação da paz...

A paz

De saber e a de não querer saber
a de sumir,a de tentar,a de aceitar a paz de dizer sim.

Essa palavra tem facetas
(e o seu silêncio,insondáveis esquinas)
A palavra paz se agita instável...

A paz é árdua, a paz arde,
(se obrigatória)comprime as palavras sinceras,

Nem toda voz tem paz.
Eu choro,
não compreendo as coisas que dependem das promessas

A palavra
promete coisas que apenas o silêncio pode cumprir,

Em mim
sobram palavras
sem promessas
e dançam os futuros do silêncio...

em ritmo de fim

O fim se repete
as promessas têm fim
as promessas sem repetem a cada início de fim

O choro é água
de dor sem remédio
sem receita de cura

O choro limpa o tédio da dor
quem chora entende que precisa de cura

Toda vez que choro penso paz
(não deveria ser palavra)
Entendo que ela venha depois
do choro
que vem depois da dor
que vem depois do tédio
que vem depois da palavra paz.

Não existe tédio na paz,
existe paz

Mas falar
de paz, de amor, de Deus, do futuro, do outro, do fim
é esquecer de sê-los todos

Esquecer é uma forma de silêncio
e o silêncio é parte da cura

A cura é uma das soluções do adoecimento
(vem disfarçada de silêncio)
das moléstias contraídas no labirinto dos encontros,
nos corredores dos desencontros
no breu das dúvidas
no engando das certezas
Do adoecer
na quebra das promessas...
Do adoecer

A cura serve inícios
serve mudanças
aDeuses
a cura nos serve
tanto quanto
um silêncio honesto
ela cura inclusive as palavras mal escolhidas
que não param de ecoar
apesar do silêncio
que contesta a paz...

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